BIBLIOTECA CLÁSSICOS DE LEIRIA 1 - CORTE NA ALDEIA E NOITES DE INVERNO

BIBLIOTECA CLÁSSICOS DE LEIRIA 1 - CORTE NA ALDEIA E NOITES DE INVERNO

FRANCISCO RODRIGUES LOBO

Preço:

13,50€ 15,00€ [Entrega Imediata]
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ISBN: 9789898991584

Editora: HORA DE LER

Ano/Mês: 2021/05

Sinopse

Nesta íntima corte aldeã idealizada por Rodrigues Lobo, escreve Afonso Lopes Vieira que aos serões de Inverno se misturam as humanas condições sem que se olhe a mais que à qualidade do espírito e à correcção no trato; todos conversam como iguais, sem que uns se emproem de inchados, ou os outros se mostrem encolhidos. Leonardo, o Doutor e o Prior são os mestres mais escutados; Píndaro e Feliciano, os discípulos sempre atentos; Solino, o que tem a cargo salgar de má-lingua (nunca de maledicência) a conversação proveitosa, e em D. Júlio encarnou o autor as esperanças na nobreza que tinha de resgatar os grandes pecados por tantos membros dela cometidos no mercado de Cristóvão de Moura. Entre os conversadores reina a boa lei nacional da familiaridade que, aliás, prima em nunca saltar por cima das deferências devidas; e nesta discreta e subtil proporção de lhaneza e respeito se define o feitio destes homens e o jeito da terra onde nasceram. O texto de Corte na Aldeia, escrito e publicado em período filipino, pode, de algum modo, ser entendido como um “manifesto” à Restauração, a que se antecipou vinte anos. Na sua dedicatória a D. Duarte de Bragança, Rodrigues Lobo deixa transparecer claramente essa ideia: já que em Portugal não há corte de Rei natural, façam os portugueses corte em tantas das suas terras quantas houver com leitores para este livro; cortes onde os bens do espírito se cultivem, as maneiras se apurem, a linguagem se honre, a história se narre, o amor da pátria cresça. E pede com fervor: «Com a mesma confiança busca a V. Excelência esta Corte na Aldeia, composta dos riscos e sombras que ficaram dos cortesãos antigos, e tradições suas, para que V. Excelência a ampare como protector da língua e nação Portuguesa, e honre como relíquia do sangue Real deste Reino.»