ANTONIO LOUCA
10% de descontoISBN: 9789893523940
Editora: PARSIFAL
Ano/Mês: 2024/02
N.º de Páginas: 164
Em 1975, nas paredes das vilas e cidades multiplicavam-se as mensagens contra a ingerência do imperialismo em Portugal. Por detrás das ameaças de golpe, identificava-se a mão dos Estados Unidos, que há pouco interviera na democracia chilena. Esta verdade não era, apesar disso, toda a verdade, como não era solitário o protagonismo norte-americano no combate à revolução.O processo revolucionário português suscitou um enorme desconcerto nos países europeus, sobretudo na Alemanha Federal, que apostara numa evolução do regime fascista e que partilhava agora o desconcerto generalizado. Mas a política externa alemã, hábil jogadora em dois tabuleiros, tinha igualmente apostado na oposição, levando assim um grande avanço em relação às suas congéneres.Enquanto Henry Kissinger teimava em submeter a revolução pela força, o Governo de Bona moldava-se às circunstâncias e apostava na via eleitoral para domar a revolução.Mais versátil do que o secretário de Estado norte-americano, a diplomacia alemã teve abertura para bem tocar as teclas do reportório de estratégias contrarrevolucionárias. Daí que a ingerência alemã em Portugal, subestimada durante meio século, venha obtendo, finalmente, a atenção que justifica.
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