POESIA

POESIA

AFONSO LOPES VIEIRA

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Poesia

ISBN: 9789899130630

Editora: E-PRIMATUR

Ano/Mês: 2025/10

N.º de Páginas: 715

Sinopse

«A obra poética fundamental de Afonso Lopes Vieira, Trovador de Portugal. Leal e insubmisso por carácter (tal qual se revia no Camões que estudou, evocou e editou ao longo dos seus trabalhos e dias), fiel e insurgente por propósito, refontalizador e inovador por projecto, Afonso Lopes Vieira constrói-se como figura artística de um tradicionalismo que pretende evitar o academismo e outras servidões convencionais. Prospector das formas genuínas de expressão do espírito da Nacionalidade, intérprete dos seus mitos e arquétipos axiais, arauto da alma nacional e paladino da portugalidade, manifestou a sua singularidade poética através de fases contrastivas, mas com coerência de fundo e com uma base de permanências na presença artística e cultural - o verbo aristocrático e comum, o ethos cívico e lusíada, a sensibilidade delicada e viril de Poeta Saudade. Determinado a salvar a sua alma em nova Demanda do Graal, militou contra a descaracterização da identidade nacional e em prol da actualização do nosso fundo lírico ancestral. Alheio ao movimento modernista de Orpheu, mas não se quedando à margem das dialécticas da Modernidade cultural e estética, o escritor realiza-se em intensa relação com um concerto alargado de artes, várias vezes convocadas a conjugarem-se criativamente (literatura e artes gráficas, pintura e gravura, música e lied, bailado e dramaturgia, fotografia e cinema). O invulgar grau de consciência artífice do Trovador de Portugal assoma no contínuo trabalho de alterar versos e estrofes e no incessante tecer de variações sobre tópicos fulcrais da sua mensagem. Mas manifesta-se também pelos marcos que erige com sucessivas antologias, culminantes na construção macrotextual de Os Versos de Afonso Lopes Vieira (1927), que verá sair ao caminho da sua posteridade nova colectânea original, Onde a Terra se Acaba e o Mar Começa (1940). «Arauto e mantenedor do Lirismo Português», segundo Carolina Michaëlis de Vasconcelos, e «preceptor seguro da sensibilidade portuguesa», no dizer de António Sardinha, Afonso Lopes Vieira cumpriu-se de acordo com a sua concepção de Poesia como energia produtiva e formativa (na senda de Ruskin), mas também como revelação de que «o mistério da vida em Arte é o mistério divino».» José Carlos Seabra Pereira