«Este livro tem um defeito… acaba demasiado depressa!» Esta foi a reação de um crítico estrangeiro a Os Meus Amores, de Trindade Coelho. E a verdade é que ainda hoje lemos de um fôlego as belíssimas palavras deste livro e sentimos o mesmo quando nos deparamos com a palavra Fim: apetecia mais!
A ação que anima os contos de Os Meus Amores constitui uma deliciosa galeria de quadros, aspetos íntimos e exteriores da vida, colhidos em flagrante com uma naturalidade cristalina e uma extraordinária subtileza e lucidez de observação.
Trindade Coelho soube, como poucos, penetrar na alma do povo português, descrevendo com natural sobriedade os costumes campesinos, a relação afetiva dos homens com os seus animais e as paisagens onde tudo se desenrola.