Barco a Seco começa com o quase afogamento do narrador (órfão, expulso de casa da família pobre com quem vivia, crítico de arte) no mar, o mar é o único tema das telas de Emilio Vega, pintor obscuro, em cuja obra o narrador se especializou, reconhecendo nela também o oportunismo artístico destes tempos. Os três - mar, narrador e pintor - (juntamente com tudo aquilo que os dois últimos representam, social e politicamente), tomam conta deste romance extraordinário, aclamado pela crítica brasileira.