Dos primórdios da Razão Poética à consagração do filósofo, de discípulo de Álvaro Ribeiro e José Marinho a mestre das gerações novas, cumpre-se para António Telmo mais de meio século de uma vida filosófica a que a História Secreta de Portugal, agora redescoberta na sua versão inicial, dará justa notoriedade.
«Entre 1952 e 1963, ano da publicação do seu livro de estreia, Arte Poética, corre para Telmo uma década bem contada, que se traduz na elaboração de duas dezenas e meia de artigos de vincada feição teorética, dados à estampa na imprensa periódica, generalista ou especializada. (…) Nestes escritos, praticamente desconhecidos da generalidade dos leitores, que agora surgem enfim reunidos em livro, já se anunciam os principais temas e problemas da obra filosófica de António Telmo, e em particular a noção de razão poética, que constituirá o cerne do seu pensamento e que, ainda inominada, irá conhecer em Arte Poética um considerável desenvolvimento.»
Pedro Martins, in Prefácio
«Todos os povos têm uma história oculta, isto é, uma história escondida, encoberta, desconhecida, misteriosa. Este é um dos muito pontos em que António Telmo se encontra com Fernando Pessoa («As nações todas são mistérios», Mensagem) e desenvolve essa mesma linha de pensamento. Uma história oculta, secreta. Existe uma ligação óbvia entre esta História Oculta de Portugal, que começa a escrever em 1976, e a História Secreta de Portugal que acaba por escrever no mesmo ano e que viria a ser publicada no ano seguinte, em 1977.»
António Carlos Carvalho, in Posfácio