Influenciado por obras “cyberpunk” do final dos anos 1980, como o mangá Akira e o filme Blade Runner - O Caçador de Andróides, o cenário escolhido por Masamune Shirow para The Ghost in the Shell foi o futuro distópico de 2029, em que a alta tecnologia se mistura a uma sociedade decadente e desigual.
É nesse universo à beira do colapso que a Major Motoko Kusanagi encabeça a Seção 9 da Segurança Pública japonesa. Motoko é uma ciborgue altamente treinada, que tem como missão desvendar uma série de crimes cibernéticos realizados por um hacker conhecido como o Mestre dos Fantoches. Em meio à caça ao criminoso virtual, Masamune Shirow insere na trama questionamentos existencialistas, ponderando até mesmo se alguém provido meramente de Inteligência Artificial é, de fato, um ser vivo. E foi exatamente essa mistura de ficção científica, ação e temas filosóficos que fizeram do mangá "The Ghost in the Shell" uma leitura obrigatória.
Publicada originalmente no Japão entre 1989 e 1991, "The Ghost in the Shell" é uma das obras mais impactantes entre os mangás de ficção científica, tendo influenciado diretamente tudo o que saiu depois dele, inclusive o filme americano Matrix. Trata quase que "filosoficamente" sobre Inteligência Artificial, tema absolutamente atual.
Em 1995, o renomado diretor japonês Mamoru Oshii levou para as telas de cinema o universo idealizado por Masamune Shirow nos quadrinhos e o anime se tornou um dos mais cultuados de todos os tempos. Depois disso, o mangá "The Ghost in the Shell" ainda foi expandido para outras 6 séries animadas e mais 3 longas em animação. Foi adaptado para as telas em Hollywood com ninguém menos do que a super estrela Scarlett Johansson (a Viúva Negra dos Vingadores) na pele da Major Kusanagi.