SINOPSE
Um estudo que abranja as comunidades de Ílhavo e da Nazaré não será, com toda a certeza, obra do acaso, mas uma revisitação a uma relação - social e económica - que vem de tempos antigos, que se renova com a pesca do bacalhau, e que permanece com os descendentes de ílhavos que, talvez pela perda da memória colectiva, pela insipiente investigação sobre o assunto, se terão perdido nas brumas de cruzamentos familiares.
Não será por acaso que na Nazaré ainda hoje se usa a velha expressão que aqui somos todos primos uns dos outros. Nada mais certo e bem comprovado pelos vários estudos genealógicos.
A relação entre estas comunidade merece ser estudada de uma forma aprofundada, tão forte é a história que as une. Não devendo, por isso, considerar-se que o presente estudo encerra em si alguma conclusão, mas o princípio de um caminho que deverá ser trilhado, por forma a reaproximar a sua história social e económica.
Posto isto, o presente estudo apenas pretende dar a conhecer uma ínfima parte da história das gentes de Ílhavo em terras da Pederneira, desde os registos mais antigos que encontrámos, plasmados nos Registos Paroquiais, até ao encontro, em dois ou três exemplos, de famílias que derivam dessa região e ainda com descendentes no Concelho da Nazaré.
Muitos mais existirão, não podemos colocar isso em dúvida, mas é essa a nossa demanda: incentivar os investigadores destas duas localidades a enveredar por um trajecto comum por forma a redescobrir, no tempo e no espaço, todos aqueles que são Património comum de duas terras distantes geograficamente, mas geminadas no que à história social e económica, diz respeito.