ANAIS LEIRIENSES – estudos & documentos – volume n.º 6 [Setembro
2020]
Sinopse
O volume n.º 6 dos Anais Leirienses , da responsabilidade da
editora leiriense Hora de ler e com coordenação científica do professor
Saul António Gomes, inclui um dossiê específico, com cerca de 190 páginas,
dedicado à história da assistência e da pobreza na região de Leiria, entre os
séculos XV e XX, coordenado pelo Doutor Ricardo Pessa de Oliveira, no qual se
apresentam autorizadas pesquisas de jovens historiadores, mestres e doutorados.
Para além deste dossiê, as restantes 360 páginas são preenchidas por estudos
sobre as antigas vilas do Couto de Alcobaça, como a Pederneira, seus estaleiros
e portos marítimos circunvizinhos, focando-se, também, a história da botica do Mosteiro
de Santa Maria da Vitória e a presença das práticas de medicina popular,
através do estudo do caso do benzedor da Ortigosa. Publicam-se, por outro lado,
textos acerca das Invasões Francesas e das suas nefastas consequências na área
geográfica da Marinha Grande, uma biografia de Manuel Vaz Eugénio Gomes,
desembargador da Patriarcal de Lisboa, microfichas sobre a população da aldeia
da Barreiria e um estudo biográfico sobre a ação do pároco Franclim Henriques
da Cunha, na paróquia de Pataias. Apresentam-se, também, textos relativos à
história do património artístico na região, nomeadamente sobre o Mosteiro da
Batalha e os seus restauros, perdas e ganhos, sobre os portões de ferro forjado
do Parque Florestal do Engenho da Madeira e da Real Fábrica de Vidros da
Marinha Grande, oriundos do antigo Tribunal da Inquisição de Lisboa, sobre o
cemitério de Santo António do Carrascal, em Leiria, e, ainda, um contributo
reflexivo para a criação de um centro interpretativo dedicado à história dos
brinquedos e artefactos fabricados em plástico, também na cidade de Leiria. A
vida associativa e cultural é igualmente evocada nestas páginas a propósito da
fundação das filarmónicas de Pataias e de Maiorga, assim como a história do
Jardim Escola João de Deus, em Alcobaça, publicando-se epistolografia inédita
de Afonso Lopes Vieira com mulheres intelectuais do seu tempo e estudos sobre
os movimentos oposicionistas ao Estado Novo em Ansião e, no campo oposto, de
apoio aos rebeldes nacionalistas espanhóis. Traços da etnografia estremenha,
por fim, são recordados a propósito do traje típico feminino da Nazaré. Encerra
o volume um conjunto de nótulas documentais acerca da Revolução de 1820 e o
contributo da região de Leiria e Alcobaça para o seu sucesso.