«Com os fados "a desfavor", condenado parecia estar Carlos Lopes a uma vida de árduos trabalhos e de limitados horizontes. Cedo mostrou, porém, pertencer à estirpe selecta dos que sabem que não se está condenado a um certo destino, porque o destino é - pode, deve ser - um desígnio da vontade.
É a sua vontade firme, a sua ousadia e a sua determinação que o levam a dizer não a esse destino anunciado e que o conduzem a percorrer caminhos inesperados, que haviam de bem o preparar para vencer tormentosas situações e alcançar uma carreira, de muito e especial sucesso internacional, a partir de Lisboa, como um dos melhores atletas de sempre e uma referência mundial do atletismo de longa distância.»
Excerto do prefácio de António Ramalho Eanes