Era uma época de intenso fervor religioso e superstições. Abundavam mitos e histórias fantásticas: gigantes, monstros marinhos, ilhas magnéticas, canibais, água que fervia no Equador. E, claro, a fonte da juventude. No século XVI a fonte da juventude não era um mito. Era uma realidade. Beber das suas águas faria recuperar os anos há muito idos, moribundos escapariam miraculosamente às garras da morte, doenças terríveis seriam curadas imediatamente. Era a promessa de vida eterna, de viver para sempre jovem. Sábios escreviam sobre as suas propriedades, o povo acreditava na sua existência e aventureiros, como Ponce de León, corriam para o Novo Mundo em sua busca. Exploradores espanhóis vasculharam cada rio, regato, lagoa e fonte ao longo da costa, sem sucesso. O facto não os desanimava.
Era somente uma questão de tempo até alguém a encontrar…
Quando quatro amigos, marginais num dos bairros mais pobres e violentos de Sevilha, matam um nobre e são obrigados a fugir da cidade, a sua vida muda para sempre. É o início de uma aventura épica que os levará de Sevilha à península do Iucatão, passando pela costa africana e pelas Caraíbas. Desde grumetes a bordo de uma caravela esclavagista a soldados ao serviço de Hernan Cortés, enfrentarão os temíveis Aztecas numa guerra sem quartel, sucumbirão ao poder avassalador de um furacão e serão acossados impiedosamente por um inimigo invisível na densa selva do Iucatão. Uma história de obsessão, vingança e traição, em busca da mítica cidade de Chichen Itza, recentemente eleita uma das sete maravilhas do mundo, onde o maior prémio de todos os aguarda. A vida eterna.