Francis Fukuyama tornou-se conhecido por prever a chegada do «fim da História», com o predomínio da democracia liberal e do capitalismo global. O tema do seu último livro é, por isso, surpreendente: a construção de novos Estados-nação. O fim da História nunca foi visto como um processo automático, afirma Fukuyama, e as comunidades políticas bem governadas foram sempre a sua condição necessária. «Os Estados fracos ou falhados são fonte de muitos dos mais graves problemas existentes no mundo», afirma. Nesta obra, sistematiza o que sabemos - e, sobretudo, o que não sabemos - sobre como criar instituições públicas bem-sucedidas em países em vias de desenvolvimento, de forma que estas beneficiem os seus cidadãos. Trata-se de uma lição importante, especialmente numa altura em que os Estados Unidos se confrontam com as suas responsabilidades no Afeganistão, no Iraque e noutros locais.
Fukuyama inicia A Construção de Estados com uma descrição da enorme importância conquistada pelo «Estado». Rejeita a noção de que possa haver uma ciência da administração pública e analisa as causas da actual fraqueza do Estado. Termina o livro com uma discussão sobre as consequências que a existência de Estados fracos pode ter na ordem internacional e sobre as condições que legitimam a intervenção da comunidade internacional em apoio daqueles.
«Não é frequente podermos qualificar a mesma obra com as palavras "visionária" e "pragmática" mas, neste caso, são adjectivos perfeitos. Num tempo em que a construção de Estados encabeça as preocupações mundiais, este livro constitui uma abordagem entendida das razões pelas quais é importante e das formas como poderá ser influenciada.»
ROBERT KLITGAARD, professor de Desenvolvimento Internacional e Segurança e reitor da Pardee Rand Graduate School
«A Construção de Estados disseca sem rodeios o maior desafio da nossa era: como lidar com Estados falhados ou à beira do colapso. A análise multicultural de Fukuyama transporta o leitor, esclarecendo-o, até aos dilemas enfrentados na criação de instituições em comunidades políticas fracas. Fukuyama sublinha de forma magistral a necessidade de a América se empenhar na arte da construção de Estados, se quiser evitar tornar as coisas ainda piores.»
CHESTER CROCKER, professor de Estudos Estratégicos na Walsh School of Foreign Service, Universidade de Georgetown
«Este é um olhar brilhante, sóbrio e arguto sobre a questão difícil que é, decididamente, a questão central do nosso tempo. A análise de Francis Fukuyama deveria ser de leitura obrigatória para a administração de Bush e para os seus críticos, assim como para os líderes e políticos de todo o mundo.»
ROBERT KAGAN, Senior Associate do Carnegie Endowment for International Peace
«Este é um livro verdadeiramente soberbo. De leitura empolgante, contém uma mensagem de grande importância: o saber actual sobre o Estado e a construção de nações é deficiente em vários pontos cruciais, sendo que alguns dos quais podem ser corrigidos. É particularmente importante traçar uma linha clara de separação entre o âmbito e a força do Estado. Prevejo que este livro se venha a tornar ainda mais importante do que as outras obras de Francis Fukuyama.»
RICHARD SWEDBERG, professor e investigador nas áreas de Sociologia Económica e Teoria Sociológica na Cornell University
«Francis Fukuyama é um dos analistas mais importantes dos temas actuais, tendo dado um contributo perspicaz e único para a compreensão das complexidades sociais e políticas do mundo actual.»
SAMUEL P. HUNTINGTON, presidente da Harvard Academy for International and Area Studies e professor da Universidade de Harvard; autor de, entre outros, O choque das civilizações e a mudança na ordem mundial (Gradiva).